No repertório de lembranças,
está a casa, o campo, o cemitério.
Na casa, umidade, humildade,
velha palhoça a encantar,
a ensinar a viver.
No campo, o sol queima e fere
e amarela as já fatigadas ervas.
No cemitério, vida e morte se misturam
no itinerário de dores do poeta.
E assim, nesta ciranda do passado,
tempo e não-tempo confundem,
fazem sofrer, enganam e aterrorizam
quem as tenta entender.
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