O gafanhoto estava lá,
parado, parecendo vigiar alguém.
Veio o Homem, deu-lhe uma chinelada:
a morte ainda não veio para bichinho.
Múltiplas chineladas: verdadeiras metralhadas.
O esverdeado ser finalmente
pereceu, alegrando o pífio ser humano.
Os marimbondos estavam lá,
em grupo, no coqueiro...
Veio o mesmo Homem, ateou-lhe fogo:
pequenos pingos pretos caíram incendiados.
Sem defesa, os invertebrados feneceram
e se juntaram ao gafanhoto
(e a outros tantos animaizinhos)
no cemitério do além,
onde certamente não haverá
a maldade humana.
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