A casa é a mesma,
é o mesmo alpendre,
é a mesma cor amarelada das paredes,
é a mesma jabuticabeira,
é o mesmo curral
(ainda que abandonado).
No pensamento,
o ontem e o hoje se entrelaçam,
viram imagem duplicada.
Entre a casa de ontem
e a casa de hoje,
encontra-se o poeta.
Nesse nem lá, nem cá,
sofre, chora, rememora.
O poeta não quer o presente,
mas também não quer o pretérito.
Como fazer os dois mundos coexistirem?
Como ligar o não ao sim,
o abstrato ao concreto?
Não há respostas.
Há dois mundos que não se misturam,
que se fundem
(surrealmente).
Nenhum comentário:
Postar um comentário