O amor que não se tem
é promissor,
é esverdeado,
é inconscientemente buscado.
No amor que não se tem
veem-se euforias mil!
Não há as brigas
(embora já haja os ciúmes!),
não há a liberdade,
não há ressentimentos.
Do amor que não se tem
pouco se esperava ter.
Não há o que lamentar,
não se esperava muito
ou quase nada, talvez
(sabe-se lá!).
O amor, que não se tem,
é uma incerteza concreta
na certeza da abstração
construída por tal amar.
Uma desatinada dor,
um descontente contentamento,
um distanciar-se bem próximo...
O amor que não se tem
e á alma do poeta.
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