27.6.24

Vila Rica

 


Percorro tuas ruas tortas, 

teus caminhos sinuosos,

tuas muitas subidas 

e tuas muitas descidas também

(tudo é uma questão de ponto de vista!).


Subitamente, paro...

Um canto parece me convocar...

Seriam as litanias de outras épocas?

Seriam os espectros alphonsianos

a evocar Constancinha?

Paro, olho, nada vejo,

nada mais ouço...


Avisto o Itacolomi...

Tão perto...

Tão longe...

Tão soberano!


No Largo do Rosário, 

paro, olho, tudo vejo:

pedras seculares

(milenares, talvez),

a igreja imponente,

a beleza das construções...


No Ateliê Paulo Valadares, 

sou tomado pela contemplação:

o olhar do pintor

parece me mostrar

uma Vila Rica nova, 

ainda mais bonita!


Paro, olho, contemplo,

perco-me nas telas, 

encontro-me no mundo das imagens.



Junho de 2024.

3 comentários:

Anônimo disse...

muito bom 👏🏻

Isabella disse...

👏🏻👏🏻👏🏻

Anônimo disse...

Que lugar lindo, não é mesmo!
Belo poema!