18.6.10

Adeus, mestre


Foram muitos os que te criticaram,
foram muitos os que te caluniaram
(pegaram-te para cristo,
mesmo sendo tu tão ateu!).

Em tuas palavras, há denúncias,
há luz, há vivacidade,
há esperança, há tudo, enfim!

O fim, então, que auguravas,
assim se deu: morte serena,
como desejavas,
sem dor, sem badalação.
Morte apenas!

Sim, ó mestre! Far-me-ás falta.

O Mundo também reconhecerá
a falta que faz um grande mestre,
um nato escritor!

Vá em paz, espelho para os homens.
Vá feliz!
(Vá com Deus! - perdoe-me a audácia).