16.12.19
O CANÁRIO
Voa, voa canarinho,
canta aqui e canta lá.
Seu canto bem bonitinho
há de tudo alegrar.
Canta baixo, canta alto:
o importante é cantar!
Ilumina nosso dia,
resgata o nosso sonhar.
Canta mesmo, canarinho,
teu encanto há de nos mudar:
sua forma de levar a vida,
pode nos sensibilizar.
Canta mesmo, pequenina ave,
transforma rancor em franco amor.
Canta aqui e canta lá,
sem ter nenhum temor.
E nesse canto tão alegre,
hei de inspirar o meu viver.
Vou sorrir e vou cantar
sem nenhum medo de sofrer.
Luciano Byron.
Outubro de 2010
10.7.19
Reverberação
À sombra do que sou,
ecoam vozes do que fui
(Alegre? Amargurado?
Amado? Solitário?
Indeciso? Inseguro?).
16/03/2016
ecoam vozes do que fui
(Alegre? Amargurado?
Amado? Solitário?
Indeciso? Inseguro?).
16/03/2016
27.6.19
Cobranças
Tento esquecê-las, mas elas estão aqui:
são dura dor a incomodar o pensamento,
são claro adubo para a ansiedade,
são fantasmas a me aterrorizarem.
são dura dor a incomodar o pensamento,
são claro adubo para a ansiedade,
são fantasmas a me aterrorizarem.
10.1.19
Eu mesmo
Nada do que me disserem,
nada do que me propuserem
fará eu deixar de ser quem eu sou!
Um me olha de lado,
outro me desdenha face a face,
outro me entristece,
outro e mais outro me desagradam.
Sou sensível sim,
o que os outros têm com isso?
Em que medida me torno um fardo
ao outro que nem me conhece direito?
Nada do me disserem,
nada do que me propuserem
fará eu deixar de ser que eu sou!
Mas a fala dos outros me fere
como lâmina duplamente cortante.
04/2012
nada do que me propuserem
fará eu deixar de ser quem eu sou!
Um me olha de lado,
outro me desdenha face a face,
outro me entristece,
outro e mais outro me desagradam.
Sou sensível sim,
o que os outros têm com isso?
Em que medida me torno um fardo
ao outro que nem me conhece direito?
Nada do me disserem,
nada do que me propuserem
fará eu deixar de ser que eu sou!
Mas a fala dos outros me fere
como lâmina duplamente cortante.
04/2012
A realidade nem sempre é
como os olhos veem.
À contemplação, segue-se
a inquietante interpretação.
O que se vê, subjetivado,
lateja como ferida purejante:
criam-se fatos nos indícios,
materializam-se conclusões efêmeras.
Nessa dor criada, ruminada,
o ser se enerva, perde a razão:
o que os olhos viram
não condiz
com o que as interpretações construíram.
11/2017
como os olhos veem.
À contemplação, segue-se
a inquietante interpretação.
O que se vê, subjetivado,
lateja como ferida purejante:
criam-se fatos nos indícios,
materializam-se conclusões efêmeras.
Nessa dor criada, ruminada,
o ser se enerva, perde a razão:
o que os olhos viram
não condiz
com o que as interpretações construíram.
11/2017
POEMA DE AULA
O babaçu passou na máquina
repetidas vezes,
reiteradas vezes,
cansativas vezes
até vencer o homem-máquina.
26/03/2011
repetidas vezes,
reiteradas vezes,
cansativas vezes
até vencer o homem-máquina.
26/03/2011
SOM
Sou o som suave,
acalmando a alma.
Sou o som sereno,
aquietando o espírito.
Sou o som soturno
sentenciando sonoridade,
sinalizando novo ser.
acalmando a alma.
Sou o som sereno,
aquietando o espírito.
Sou o som soturno
sentenciando sonoridade,
sinalizando novo ser.
São negros, estão sujos,
estão pobres, estão esquecidos:
irmãos bastardos, filhos renegados.
São negros, socialmente repudiados.
São negros, são pessoas:
aprendem desde cedo
a enfrentar dificuldade.
São negros, a sujeira burguesa
fê-los marginalizados, momentaneamente.
São negros, são puros,
são crias primas,
são o sumo do ser.
24/09/2011
estão pobres, estão esquecidos:
irmãos bastardos, filhos renegados.
São negros, socialmente repudiados.
São negros, são pessoas:
aprendem desde cedo
a enfrentar dificuldade.
São negros, a sujeira burguesa
fê-los marginalizados, momentaneamente.
São negros, são puros,
são crias primas,
são o sumo do ser.
24/09/2011
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