6.1.12

Frustração

O amor engana, machuca, maltrata até!
Do nada surge, do nada se consolida
e subitamente some.
Some quando o pensamento insistia em perpetuar...
Some quando o sonho parecia virar realidade...
O coração, tristíssimo palhaço, geme
em gemidos inimagináveis!

Triste canto

A música parou, a música parou...
Dos olhos, copiosas lágrimas,
copiosas lágrimas inundaram o ser...
a dor, a dor de perder
quem um dia tanto amor jurou.

Seria o fim...

As luzes se apagaram como no fim da vida...
"Eu te amo"... "Nunca vou te esquecer"...
Palavras que não foram capazes
de perpetuar um amor...
Se há tanto amor, por que a separação?
Se era para sempre, por que o nunca mais?
Incompreensíveis momentos,
doloridas palavras...

4.1.12

Sensação

Vasculho o pensamento,
busco momentos...
Momentos em que Amor, peralta,
flechou o poeta e sua musa.
Vejo os dois, abraçados,
escassos beijos...
Vejo os dois, trêmulos,
assustados talvez.
Vejo os dois: enamorados.
Vejo os dois agora ligados
pela mesma seta que Amor atirara.
Vejo os dois no amor que construíram,
no desejo que concretizaram,
racionalmente eternizando momentos.

2.1.12

Violentas palavras

As palavras feriram, machucaram...
Os sonhos ficaram nublados...
O amor dado não foi suficiente,
não foi suficiente para conter
a violência com que as palavras
foram escritas...
A dor agora gerada
rompe diques,
faz sofrer e...
entristece a quem as recebeu!