Engano: era "o passarinho".
Ele voava para ali,
para cá,
para lá
e foi no aqui
que seu voo terminou.
Contra o carro, chocou-se.
Subiste, não por tuas asas.
Subiste, não por tua vontade,
ó passarinho.
Pelo retrovisor, teu corpo
é visto pelo motorista
(que frieza!).
Não. Não era só um passarinho.
Era aquele que por muito tempo
tentou levar-nos a Deus
por meio do seu canto.
Voa, voa, passarinho!
Que teu voo seja eterno
ainda que não creiam nisso!
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