20.3.16

Solidão

Esse vento gélido,
essa noite apática;
o mundo a descobrir
e o tédio a me corroer.
Quero amar, amar sem medida,
amar no sentido literal,
amar o tudo no nada!
Hoje, porém, negras cinzas,
escuridão, sombras,
tudo me parece trevas!
Há um buraco, um quase caos;
ecos da partida,
ecos da lembrança,
ecos das desgraças passadas.
Falta o tudo,
sobra o nada
neste mosaico de desprezo.

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