10.1.19

A realidade nem sempre é
como os olhos veem.
À contemplação, segue-se
a inquietante interpretação.
O que se vê, subjetivado,
lateja como ferida purejante:
criam-se fatos nos indícios,
materializam-se conclusões efêmeras.
Nessa dor criada, ruminada,
o ser se enerva, perde a razão:
o que os olhos viram
não condiz
com o que as interpretações construíram.

11/2017

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