Os olhos passeavam ávidos,
buscavam um ponto de fixação...
Tateou cabelos, viu sedosidade,
aromas o prenderam (adocicados? acres?).
Continuou sua peregrinação...
Lábios observou: uns ressequidos
(partidos, feridos até!),
outros umedecidos, brilhosos
(tubos transparentes, uma balinha
e alguns mililitros de algo
podem fazer excepcionalidades!).
Contemplou olhos: na reprodução ótica,
perdeu-se... Viu-se no azul,
mergulhou em âmagos,
navegou oceanos castanhos,
fixou-se, enfim, ao ver nos outros,
ao ver nos outros olhos
a reprodução do seu próprio olhar.
Luciano Byron
Maio/2016.
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