26.1.12

Diário de um Professor IV

26/01/2012
08:15h

Não devia ser assim, mas o professor é um renunciador de si. Dizem que os médicos "renunciam os finais de semana e as noites de sono em prol do paciente". Não sei não, viu! Quem disse isso talvez não entenda bem a alucinante rotina de um professor. Rotina em que, muitas vezes, nem tempo para dormir com a "cuca fresca" ele tem. Aos finais de semana, prepara aula e corrigi prova. Detalhe agravante: se for professor de Língua Portuguesa então, está literalmente "frito". Tudo que ele vê, quer interpretar, analisar. Aí já pensa em como usar isso nas aulas... Haja trabalho!
Aula mesmo, nesta semana só ministrei na segunda-feira. Dia tranquilo, sem grandes empecilhos. Em alguns alunos, desta nova safra de 2012, já vejo uma certa empatia comigo. Já começam a entender mesmo o meu projeto de trabalho. Tenho, por isso, algumas metas a cumprir. Porém, estou "amarrado" por um Plano de Curso que literalmente "engessa" minhas aulas. Sabedor dessas dificuldades, compartilhei com a minha Coordenadora Pedagógica o meu drama:preciso trabalhar muito conteúdo com os meninos e, para tanto, preciso de liberdade para tal! Sinceramente, confio muito na Coordenadora. Muitos colegas reclamam de seus "superiores hierárquicos". Eu me aproximo deles e neles confio. Só assim conseguirei trabalhar bem!
Desde a última segunda, já estou trabalhando na outra escola também. Reuniões, discussões e planejamentos. Algo novo ocorreu lá: tivemos uma muito boa palestra com uma pedagoga e psicóloga. Muito boa a palestra! O senso do trabalho em equipe foi retomado (espero!). Lembrei de uma frase que criei:
Numa constelação, uma estrela pode brilhar mais. No entanto, só haverá o brilho maior da constelação se todas, em uníssono, perfulgenciarem a parte.
Hoje, às 12h, eu deveria estar num almoço na federal. Porém, meus compromissos aqui me impedem de fazê-lo. Uma pena. Mas, o jogo prossegue.
Terça e quarta à noite, desta semana, aproveitei a "folga temporária na agenda" (outros lugares em que trabalho ainda não iniciaram as suas aulas) e fui com meu filho à quadra, assistir a alguns jogos de futebol. Para falar a verdade, fui para acompanhá-lo. Não tenho mais ânimo para ver "peladeiros" numa amadora partida de futebol. Mas gostei... Gostei de ficar perto do meu filho e poder mostrar a ele que também posso levar "entretenimento" a ele e que não sou só aquele que trabalha, trabalha, trabalha...
Alivio-me quando escrevo.
Saudações e abraços a todos.

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