28.1.12

Diário de um professor V

28/01/2012
08:54h

Sábado,dia tranquilo... É realmente preciso aproveitar esse dia para ler e meditar muito. Durante a semana, não há muito tempo para isso.
Minhas aulas de quinta-feira e sexta-feira à noite foram muito produtivas. Não posso negar que a forma com que lido com os alunos ajuda muito. Mas, confesso, a última aula é sempre a mais "apática" na visão dos alunos. A mente quer dar atenção à aula, mas o corpo padece o peso de um dia todo de trabalho! Por isso nem cobro muito dos alunos, apenas o silêncio e a tentativa de aprender algo do que estou passando a eles.
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Ontem, um aluno me ligou. Ele foi aprovado numa universidade federal, ainda que curse o 2º ano, e quer saber a minha opinião sobre o que ele deve fazer, ou seja, quer que eu diga faça isso ou aquilo. Ele diz que a mãe o quer lá, mas ele não sabe bem como resolver esse imbróglio. Resumindo: a bomba veio explodir em minhas mãos. Até parece que sou um sábio conselheiro grego. Coisas desse tipo, cansam-me ainda mais. Aliás, tudo me pesa no pensar. Qualquer probleminha é suficiente para efervescer meu pensar e me deixar muito, muito preocupado. Sei, porém, que isso logo passa...
Feliz, feliz mesmo fiquei na ontem à tarde. Duas ex-alunas que agora estudam na capital me disseram que sentem saudade de minhas aulas. Gostei muito disso. Afinal, elas agora estudam com "um professor referência" na minha área, mas penso que eu não perco muito para ele não (só na remuneração e na fama)!
Bom, vou tomar um café ali porque preciso ir para a roça.
Cordiais e sinceras saudações a todos.

Um comentário:

Um leproso agradecido disse...

Que lindo hein? (rsrs)
Luciano e seu lado emocional, "invejoso" (mais um rsrs), ou não seria um certo "ciuminho" do professor referência?
Não, claro que não. Quem te conhece sabe que, poucos são aqueles que conseguem ser capazes de ministrar aulas com tamanha capacidade e intelecto como tu ministras.
Graças dou aos Céus por ter tamanha oportunidade: de conhecer-te, de poder aprender a pensar igualmente a ti, ou seja, diferentemente do resto. Por tudo que apre(e)ndi, por tudo o que convivi, só tenho motivos para agradecer.
Obrigado por tudo!