15.7.10

Passado Ouropretano




Cismando, o poeta se esvai...
Há um quarto,
vários poemas na parede,
várias lembranças,
vários enredos sem final
(alguns até sem clímax).
Há, saindo dali, uma rua estreita,
há neblina, há umidade:
vida obtusa, caminho incerto.

Num átimo, mulher decomposta,
meretriz espectral:
a musa da gênese poética.

- "Será ela? É verdade? É ilusão?".

A dama se vai,
levada pela cerração.

O dia, a luz, o sol!

Não há vida para o poeta,
não há esperança.

Que volte a dificuldade de enxergar!

Luciano Byron.

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