
Cismando, o poeta se esvai...
Há um quarto,
vários poemas na parede,
várias lembranças,
vários enredos sem final
(alguns até sem clímax).
Há, saindo dali, uma rua estreita,
há neblina, há umidade:
vida obtusa, caminho incerto.
Num átimo, mulher decomposta,
meretriz espectral:
a musa da gênese poética.
- "Será ela? É verdade? É ilusão?".
A dama se vai,
levada pela cerração.
O dia, a luz, o sol!
Não há vida para o poeta,
não há esperança.
Que volte a dificuldade de enxergar!
Luciano Byron.
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