30.12.11

O pé de milho

Naquela curva, o milho,
o pé de milho nasceu.
Nasceu como tantos,
cresceu intentando o eterno.
O branco, o amarelo, o grão de duro,
duro e avermelhado.
Espigas se foram.
Restou aquele inútil pé,
aquele ser vegetal sem função.
O verde amarelou-se,
acobreou-se...
Foi-se a densidade.
Naquela curva, o milho,
o pé de milho percebeu:
dar frutos não conduz
à certeza do eterno.

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